Dona de mim quando eu chegar me surpreenda com os teus
lábios lilás.
Ao se encontrar não
poupe a saudade.
Aproveite cada segundo que a vida de oferece.
Nascemos todo dia para o novo. O passado não serve mais para
nada.
As lembranças são presentes.
Dona de mim quando eu chegar me dê um banho quente.
Aqueles lençóis vermelhos podem ser usados também para secar
o corpo.
Por que não?! Somos adjetivos de um amor que ainda não tem
nome.
O sol sempre anuncia as sementes que vão crescer.
Dona de mim quando eu chegar
me leve para sua casa, derrube as suas paredes, deixe a vergonha do lado
de fora.
Seus segredos são confessados bem próximo ao meu ouvido da alma.
O vaso que é forte não quebra com tanta facilidade.
Espera e verás que o hoje é único e infinito.
Dona de mim quando eu chegar invada o meu coração com a sua
volúpia.
Peça uma pizza e um vinho à luz de velas.
Cante sussurrando músicas que só eu conheço.
Se embriague nos meus braços, carícias, colo, olhares...
Durma tranquila, Dona de mim, estarei do seu lado.
Rudolf Rotchild