quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

2° BAZAR DAS MÃOS PRENDADAS (VERSÂO NATALINA)

ALÔ GALERA, A MALOTECA VAI ESTAR PRESENTE NO 2° BAZAR DAS MÃOS PRENDADAS (VERSÃO NATALINA) NOS DIAS 19 (18HS - 22HS), 20 (10HS - 22HS) E 21 (10HS - 20HS)
DEZEMBRO DE 2008
LOCAL: RAPOSO IDIOMAS (RUA ATRÁS DO CENTRO DE COMPRAS DA PELINCA)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

BLOGLIVRO: O INTERNATO

PREFÁCIO
Sempre quis escrever sobre a educação e a sua instituição mais valiosa para a sociedade, a escola. Tentarei de forma ficcional traduzir este infinito particular. Afinal, fui formado por ela sem perceber. Estou aqui, desprovido de palavras em artesanato. Espero que gostem.
ACOLHIDA DIURNA
Para viver num internato necessariamente não precisamos morar nele. Basta estarmo s ligados ininterrupidamente a ele de forma emocional. Pouco sabemos o que acontece nas mentes daqueles que projetaram uma vida escolar. Mas sem divagações. Sou professor de sociologia em construção, formado por uma Universidade Pública de uma Cidade do Interior. Na verdade sou artista camuflado. Estou atualmente trabalhando num internato com raízes no catolicismo. Apóstolico Romano. Um murro de padrões, hábitos e atitudes moralmente observadas pelo Inspetor de Classe. Está quase na hora das crianças e dos jovens levantarem seus corpos e se fazerem presentes para tomar um belo raio de sol no rosto. Para acordar. Este ritual sempre me incomodou. Colocá-los defronte para uma parede e refletir raios de sol com espelhos. Mas eles inventaram um jeito de driblar a tentativa de agressão. Vamos para a sala-de-aula.
O professor Maurice D´Olean sempre trajando as suas vestes prateadas, com o seu apito tradicional resolve disciplinar os meninos com a ordem e o progresso, hábito de todos os positivistas. Eu humildemente fechei o zíper para que ninguém percebesse a falta de minhas ceroulas alaranjadas, moda entre os adultos daquela época. Caminhando lembrei-me de quando entrei nesta instituição...Nossa, como era tolo. Quando olhei para uma aluna que vinha em passos arrogantes pelo corredor, sim, lembrei-me de uma reunião de classe.
A REUNIÂO DE CLASSE
Marcada para as três da tarde, a reunião começou pontualmente e todos os participantes tiveram que assinar uma lista de doações para os pobrinhos da comunidade. Não assinei. Todos me olharam como se eu fosse o Judas. Quem derá, hoje estaria muito bem obrigado ao lado daquele que foi imcompreendido pela humanidade. É. Acabei por livre espontânea pressão assinando. O proximo assunto seria a respeito de uma aluna que nunca assistia as aulas e quando assistia ficava a conversar com os colegas sem trégua. Uma perdição. Devemos salvar os ricos? Confesso que sou preconceituoso, tenho dificuldades de educar os mais abastados da sociedade. Eles tem todas as oportunidades e não aproveitam. Bom, voltando ao assunto da reunião. A mãe da aluna estava pedindo para que a sua nota fosse revista, ou seja, aproximada para que ela saisse da recuperação. Devemos pensar racional e não com o emocional, dizia o positivista professor Maurice D´Olean. Mas a sugestão do nobre professor ia ao seu encontro. A razão já tinha sido usada pela coordenadora de ensino. O que ele estava propondo era revolucionário para o positivismo. Usar o emocional para resolver questões racionais. Eu ousei falar. Para quê? Deveria ter ficado quieto. Eu acho caros amigos que mais uma vez o cliente teve razão. Ih! Olha a razão aí de novo. Expressão a emoção para se chegar a uma razão capitalista, que não tem lógica alguma. A velha teoria do "aperta que ela peita" funcionou mais uma vez. Desculpe não quis ofender, foi a primeira palavra que me veio a cabeça. Uma coisa me serviu de lição, numa escola católica apóstolica romana o coitadismo e do salvacionismo estão presentes em todos os cantos e lados iluminados e escuros. Pois é, devemos sempre dar uma chance para aqueles que pecaram. Esta doação eu tive que assinar, sem pestanejar.

sábado, 9 de agosto de 2008

BLOGLIVRO N° 1 - A RAIVA

Bloglivro n° 1
A RAIVA


Prefácio

Querido leitor este bloglivro é um livro de auto-ajuda, por ser um livro que estou fazendo para mim mesmo, para poder escutar e auscutar melhor os meus sentimentos. Neste instante pretendo partilhar os meus manuscritos sem a intenção de convencer ninguém a pensar ou se comportar como eu. Irei apenas relatar algumas histórias-depoimentos que fizeram e fazem parte das minhas interrogações íntimas. Sendo um livro de auto-ajuda para mim mesmo, ele não tem a intenção de ser verídico, apesar de cada palavra sair verdadeira e ficcional. Permito-me a escrever inicialmente sobre a raiva, um sentimento pouco falado, velado por milhares de famílias e escolas. Quase não se fala sobre a raiva por ela desencadear comportamentos agressivos no ser humano. Somos reprimidos a não sentir, nem falar sobre a raiva. Mas se não falarmos sobre a raiva... Senão expressarmos a raiva... Senão criamos uma maneira de lidar com ela... Corremos o risco de adquirir alguma doença que comprometa a nossa saúde integral. A raiva quando se apresenta compromete toda a alma (espírito).
Como lidar com a raiva?
De acordo com o senso comum, existem duas maneiras de lidar com a raiva:

· Explodindo, reagindo a raiva com violência para fora;
· Implodindo, reagindo a raiva com violência para dentro.

O primeiro é fácil, instintivo, não precisa pensar, basta animalizar o gesto, o segundo requer um poder de autodestruição masoquista, muito comum nos dias atuais onde se prega uma paz que na maioria das vezes camufla a conscientização do sentimento. Enquanto eu não sentir a raiva ela não vai passar. Enquanto eu continuar empurrando para dentro do meu íntimo, raiva não vai vir à tona. Tudo bem! Mas quando ela vem o que fazemos? Sentimos. Tá. E depois? Deveria existir neste momento uma proposta inteligente que nos desse condições de lidar com a raiva de forma saudável. É possível? Não sei. Vamos descobrir juntos.
Para isso eu me proponho a escrever e compartilhar algumas propostas com vocês.
Uma boa leitura queridos leitores anônimos !


1° Capítulo

Tacar fogo em Roma

Assim como Nero, há momentos que sentimos o desejo de tacar fogo em Roma. Conta-se a lenda

sábado, 7 de junho de 2008

O LIVRO-CD "CORPO BRANCO ALMA NEGRO" EM GAMBOA-RJ

12/05/2007
"Tem Pretos Velhos nos Pretos Novos"
Zona Portuária corredor Cultural em seu Pólo de interesse Apresenta "Tem Pretos Velhos nos Pretos Novos", antecedendo ao dia 13 de maio, dia de "Pretos (as) Velhos (as)" e Dia Nacional de Denúncia Contra A Discriminação Racial. O evento é uma atividade Cultural que visa homenagear as Escolas de Samba que apresentaram enredos Afros e Afros Brasileiros no carnaval de 2007 nesta Capital, na ocasião estaremos homenageando suas Velhas Guardas, três escolas (03) do Grupo especial LIESA e doze escolas (12) do grupo de acesso AESCRJ. O acontecimento iniciará a partir das 13h30 com diversos convidados: o cantor compositor e sambista, "Luis Carlos da Vila", o bamba da Flauta sambista e compositor, "Cláudio Camunguelo", o cantor e compositor "Toninho Geraes", o projeto "Batucadas Brasileiras"com sua apresentação rítmica brasileira com a presença marcante do grande percussionista "Robertinho Silva" e sua equipe, o compositor e violonista "Messias dos Santos" com um concerto de viola Mineira, "Afoxé filhos de Gandhi" abrindo o evento com uma saudação aos ancestrais com sua inconfundível charanga, a cantora "Claudia Maria Pinto" com seu Samba de Terreiro, o "Grupo Fala Brasil" com sua MPB, que abrilhantaram a tarde de sábado.
Integram ainda o evento uma expo afro dos mestres Caramba, mestre Saul, mestre Sinésio Brandão, além de performace e poesia de Rudolf Rotchild "Corpo branco Alma negro". Enquête do grupo teatral do morro da Providência. Uma tarde de muito Samba no pé e MPB a valer, com grandes caldos e caldos e caldos para suprir e revigorar as energias. Show musical Animado pelo conjunto "Flor de Guiné".

Fonte: www.baixosantodoaltogloria.com.br

domingo, 1 de junho de 2008

CRIE O SEU PRÓPRIO LIVRO NA WEB

Crie o seu próprio livro na web
Sem dinheiro para publicar um livro? Ou simplesmente querendo dar uma formatação simpática àquele trabalho ou projeto pessoal? O Booklet Creator é o site para você. Embora programas de processamento de texto como o BrOffice já façam isso, a vantagem do website em questão é justamente estar em qualquer computador do mundo, a qualquer hora, coisa que os softwares offline não podem fazer. O Booklet Creator transforma qualquer arquivo PDF num livretinho em poucos segundos. Não tem muito mistério - é só tomar cuidado na hora da impressão. >> O Globo - 19/05/2008 - por André Machado

sábado, 3 de maio de 2008

Um texto sobre as mães

Mãe: expressão de escolha consciente e responsável.

Qual é o papel da mãe na sociedade? Educar? Transmitir valores? Dar afeto e atenção? Creio que não seja só isso. Todas as indagações acima são papéis de qualquer ser humano agente na sociedade brasileira. Para a mãe é reservado algo ainda maior. A conquista da maternidade presente em cada mulher. A potencialidade de gerar um ser humano. Ser co-autora da vida.
Antes de ser mãe ativa na sociedade, vivenciando responsabilidades externas ao lar, a mulher precisou romper as barreiras da “dominação masculina”. As guerreiras feministas do séc. XIX tiveram papel importante para que muitos paradigmas fossem rompidos. Lembremos que durante muito tempo as mulheres não tinham sequer o direito a um nome. Eram propriedades dos maridos, subjugadas à condição de “escravas do lar” - as donas de casa - que na atualidade conquistaram, por meio de manifestações, organizações e associações, o direito há uma aposentadoria e lutam por um projeto de lei que lhes garantam um salário. Nada mais justo, pois trabalhar em casa não é nada fácil. É trabalho árduo que também foi feito para o homem. Não é privilégio da mulher.
Apesar de a mulher, no passado, ter conquistado seu lugar na história, dentre outras ações importantes, trabalhando nas fábricas e nas indústrias por até 15 horas diárias, fazendo valer o fenômeno da mais valia (trabalhar muito e ganhar pouco), a exploração que ela sofreu no mercado de trabalho ainda se faz presente. Alguns homens “embrutecidos” insistem em culpá-la por acreditarem que os seus próprios atos são motivadores dos preconceitos que sofre. A questão é que a mulher foi educada desde cedo para ser submissa, como nos revela a pesquisadora Eliane Gianini Belotti em seu livro “Educar para a submissão – o descondicionamento da mulher”.
Porém, existiram mulheres que foram pioneiras no descontentamento da crença: “o mundo masculino tudo me daria, o que eu pudesse ter”, como a poetisa Louise Labe, que viveu entre 1522 a 1566 e escreveu em sua única obra, coisas como estas: “as severas leis dos homens não mais impedem as mulheres de se aplicarem as ciências e as disciplinas. (...) aquelas que têm facilidade devem empregar essa honesta liberdade que nosso sexo antigamente tanto desejou para cultivá-las e mostrar aos homens o equívoco em relação a nós quando nos privavam do bem e da honra que delas podiam vir”. Uma mulher a frente do seu tempo.
Mas, espera aí, que história é esta de ser educada para a submissão?
Observemos. Estamos imersos num mar de convenções sociais. Desde cedo o menino recebe de forma simbólica as informações e os atributos de ser forte. Menino não chora. A sensibilidade é desprezível, inferior e negativa. Já a menina pode ser frágil, sensível e pacífica. Nada contra, mas por que a diferença? Biologicamente somos diferentes, mas socialmente isso não se justifica. Atributos, masculinos e femininos, são valores intrínsecos a qualquer ser humano independente do seu gênero. Por que o menino não pode chorar, gostar de rosa, ser sensível? Por que a menina não pode gostar de bola, do azul e ser forte?

Neste contexto, diante da adolescência, a questão do “Qual é o momento mais adequado para ser mãe?” que costuma preocupar tantos pais, deveria ser resultado de uma escolha madura oriunda de diálogo, necessário para que essa menina (e também o menino que será pai) seja feliz e pessoa bem resolvida. Repressões costumam levar a escolhas equivocadas.
___Então, ser mãe é uma escolha? perguntaria uma adolescente.
Sim, uma das escolhas mais responsáveis que existe na vida. Não se trata de brincar de boneca. As meninas precisam conversar abertamente com os seus pais sobre sexo e os cuidados que devem ter com o seu corpo, sobre o respeito que devem ter por si mesmas. Quebremos o “tabu”. Não falar sobre sexo aumenta a desinformação e a falta de consciência. Dialogar sobre sexo, em vez de incentivar a prática sexual, possibilita autoconhecimento e escolhas conscientes, para que antes de serem mães, as meninas se tornem adultas responsáveis. Centenas, para não dizer milhares, de adolescentes, por causa da falta de diálogo, são surpreendidas com a gravidez precoce.
E não se diga que a solução se resume no uso ou não do preservativo. Tenhamos um olhar mais crítico e sensível para os comerciais da televisão. As publicidades “preventivas” do Governo acabam incentivando, de forma subliminar, a promiscuidade e a compulsão sexual. Para evitar as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez basta usar a camisinha? Nossa! É subestimar a nossa racionalidade. Queremos uma educação sexual séria para os nossos jovens.
A Campanha da Fraternidade de 2008 da CNBB, cujo lema é “Escolhe, pois, a vida”, nos chama a atenção para uma das conseqüências sociais mais graves de gravidez precoce: o aborto. O aborto vem sendo praticado de forma velada por várias jovens e até adultas. Os números são alarmantes. Chega a ser um “infanticídio invisível”. Em vez de jogarmos as nossas crianças despenhadeiro abaixo como faziam os romanos, estamos jogando latrina abaixo, o que é pior.
Qual é o valor da Vida? O que estamos fazendo enquanto educadores para que a Vida seja mais valorizada? Costumamos dialogar com as nossas jovens?
Que possamos auxiliar na formação de mães (e também de pais), imbuídos de bons exemplos, na construção desse novo mundo de paz e esperança que almejamos deixar com amor para as nossas futuras gerações.

Rudolf Rotchild, Sociólogo e Animador Cultural.
flodur72@yahoo.com.br
visite: maloteca.blogspot.com, zengraca.blogspot.com e animadoresnf1.blogspot.com

quinta-feira, 3 de abril de 2008

PALESTRA "LITERATURA DE CORDEL: A PALAVRA DOS EXCLUÌDOS

O Editora da Maloteca esteve presente no Instituto Dom Bosco - Salesiano de Campos dos Goytacazes/RJ, falando da literatura de cordel e divulgando a MALOTECA.

As Escolas e as instituições podem estar convidando também.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Maloteca Editora Artesanal estava lá marcando presença






ESCOLA INTELIGENTE FAZ DIFERENTE

Ínicio "Simbólico" do Ano Letivo da Coordenadoria Regional Norte Fluminense I

CAIXA-POEMA "A SEMENTINHA DA PAZ"



A PROPOSTA É ESTIMULAR A CRIANÇA A PLANTAR. TUDO COMEÇA NAQUELA EXPERIÊNCIA DO ALGODÃO COM A SEMENTE...QUEM PLANTA UMA FLOR, PLANTA UMA VIDA.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

IMPRENSA: REVOLUÇÃO CULTURAL

Revolução Cultural
Técnica de Gutenberg inunda o continente com uma enxurrada de 20 milhões de livros



Desde que o alemão Johann Gutenberg criou a prensa com tipos móveis e produziu sua primeira Bíblia, há menos de cinqüenta anos, o número de livros impressos vem crescendo dramaticamente. Graças às facilidades dessa técnica já foram lançadas mais de 40.000 edições diferentes, num total calculado em até 20 milhões de exemplares. O livro impresso parece ter vindo para ficar. Em toda a Europa, 247 tipografias estão em funcionamento. Essa rápida multiplicação reforça a superstição popular de que o impresso, sem mão nem pena, tem origem sobrenatural, demoníaca até. Permitindo a disseminação de idéias e conhecimentos com rapidez e facilidade jamais vistas, a invenção de Gutenberg está semeando uma verdadeira revolução cultural. O entusiasmo com o livro impresso é tão grande que as novas edições estão cada vez mais modernas, perdendo a aparência de manuscrito que mantinham originalmente, para não espantar os consumidores do novo produto.

Os lançamentos do ano passado trouxeram como novidade o título da obra na primeira página. Como se sabe, nos manuscritos o título vinha na capa, caprichosamente gravado em ouro ou prata, e se repetia na última página, junto com a identificação do copista. A inovação se tornou necessária porque as capas ainda são feitas a mão, mas, com o aumento das tiragens propiciado pela técnica de Gutenberg – atualmente elas chegam a 275 ou até 300 exemplares –, os copistas não dão conta do trabalho e os livros impressos estavam saindo sem título. Aliás, encontrar copistas hoje em dia é tarefa difícil: eles estão mudando de ramo. A maioria prefere dedicar-se à tipografia, ofício que requer bem mais técnica do que arte.


O que se perde em beleza, com a gradual extinção do trabalho manual, ganha-se em velocidade. Um exemplo eloqüente é a divulgação da carta na qual o navegador genovês Cristóvão Colombo conta a descoberta de terras ao Ocidente. A versão impressa foi lançada em Barcelona no início de abril de 1493, sob patrocínio dos reis da Espanha, interessados na difusão da boa nova. Menos de um mês depois de sua publicação, já estava traduzida para o latim e editada em Roma com o título De Insulis Inventis. Nos anos seguintes, outras seis edições em latim foram lançadas por tipógrafos de Paris, Basiléia e Antuérpia. Os alemães, na sua recente rebeldia contra o latim, preferiram traduzi-la e editá-la em sua própria língua. Assim também o fez um editor de Florença, traduzindo a carta para o dialeto vulgar da Toscana, que chamam de língua italiana. A casa impressora Aldina, de Veneza, continua distribuindo a obra em outras praças do Mediterrâneo, por intermédio dos mercadores que passam pelo porto da cidade. A descoberta da Terra de Santa Cruz não deve demorar a ter o mesmo destino.



Fonte: VEJA, 1° de julho de 1501

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

LIVRO ARTESANAL É COISA DO PASSADO, DO PRESENTE E DO FUTURO

FAZER LIVROS


Graças à tecnologia e, ironicamente, em oposição à produção em massa por ela impulsionada, as pequenas editoras garantem seu lugar ao sol com publicações personalizadas, de baixo custo e com tiragens limitadas. Mas isso não é de hoje. A Hogarth Press, editora fundada por Virginia e Leonard Woolf em 1917 e cuja sede era a sala de jantar do casal em Richmond, subúrbio londrino, publicou autores até então inéditos em língua inglesa {como Freud, Tchekov e Tolstói} ou ainda pouco conhecidos na época, como Katherine Mansfield, T. S. Eliot, E. M. Forster e outros do chamado Círculo de Bloomsbury. Além disso, os próprios Leonard e Virginia {interpretada por Nicole Kidman em As horas}, que usavam a prensa manual da foto abaixo, compunham os tipos, imprimiam, costuravam e encadernavam os livros, enquanto as capas, desenhos, ilustrações e xilogravuras das edições eram criados por Vanessa Bell, pintora e irmã de Virginia.
Quase um século depois, a idéia de fazer os próprios livros continua mais viva e vanguardista do que nunca graças a jovens editores e seu desejo de publicar novos artistas -- escritores, fotógrafos, ilustradores, designers -- que as grandes casas editoriais acabam, por limitações de número de títulos ou imposições estratégicas, ignorando. No Brasil, a Livros do Mal {Porto Alegre}, Fina Flor, Editora do Bispo, Ciência do Acidente {São Paulo}, Edições K {Salvador} e Kafka edições baratas {Curitiba} são exemplos de resistência à "ditadura" do mercado editorial. Algumas dessas editoras ainda estão na ativa e outras, com a placa de "volto logo" na porta, mas o importante é que a iniciativa de publicar permanece.

Lá fora, muitas das editoras independentes contam com a internet como o maior e principal canal não só de divulgação como de vendas. Basta acessar os sites e conhecer os catálogos que, aparentemente tímidos ao primeiro clique, surpreendem pela qualidade das obras. A hassla books e a Ugly Duckling Presse {Estados Unidos}, a Farewell Books {Suécia}, a Nieves Books {também livraria, na Suíça} e a Unagi Books {Alemanha} publicam e vendem desde zines e revistas aos chamados "livros de arte" em tiragem limitada -- em geral, de até 500 exemplares por título, como Bend The Void, do artista gráfico americano Geoff McFetridge -- com o apoio de livrarias com a mesma proposta de incentivar e lançar novos nomes, como a Analogue Books {Edimburgo}, Pro qm {Berlim} e Nieves Books {Zurique, cidade natal do Dadaísmo}, que funcionam, paralelamente, como galerias.Já para quem quiser fazer o próprio livro {literalmente!} sem recorrer a editoras, opções também não faltam. Serviços on-line de self-publishing {"autopublicação"} como os já populares Blurb e Lulu permitem aos usuários carregar arquivos e fazer, passo a passo, álbuns de casamento, livros de fotos etc. em diferentes formatos e com tipos de papel e encadernação à escolha, além de vender os exemplares diretamente por meio desses sites. Outra opção é o print on-demand, que utiliza máquinas que lembram fotocopiadoras para transformar arquivos em livros com capas e formatos pré-programados.
Por sua vez, as empresas especializadas em livros por encomenda, como a Editoras Associadas {cuja sócia eu conheci em um curso na Universidade do Livro}, oferecem aos clientes -- na maioria corporativos -- soluções sob medida desde a escolha do assunto ao acabamento final. No Japão, país com maior número de publicações ao ano, os livros por encomenda são comuns e muitos deles chegam ao topo das listas dos mais vendidos, a exemplo de Tokyo Style, de Kyoichi Tsuzuki. E quem se interessa por encadernações, restaurações ou impressões à mão, originais e à moda antiga, pode recorrer a empresas como a Paper Dragon Books, a Port2port Press e a five and half ou apenas se inspirar nas muitas das suas ótimas idéias.
Por último, um livro fabuloso {via SouleMama} para quem gosta de livros artesanais e, o mais importante, quer aprender a fazê-los: How To Make Books, de Esther K. Smith. Eu já vou encomendar o meu para ler depois que terminar Leonard and Virginia Woolf as Publishers: The Hogarth Press, 1917-41.


Fonte: ogatoquele.blogspot.com

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

LIVROS ARTESANAIS POR ENCOMENDA





A MALOTECA FAZ LIVROS POR ENCOMENDA. VISUALIZE ESTE QUE FOI FEITO PARA UMA MULHER AMADA. SÃO ÚNICOS E ORIGINAIS. "UM OUTRO DIZER"

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

EU NÃO ESTOU SOZINHO. CHEGA AÍ DR. SCUDUFUM

GENTE! TEM UM ESCRITOR PAULISTA QUE TAMBÉM FAZ LIVROS ARTESANAIS. QUE BELEZA!!!!!

Dê uma olhada em seu Catálogo:

· Vidas Bestas - Doutor Scudufum - Microcontos - 2,00 (despesas postais inclusas)
· Amores urbanos - Marcelo Negreiros - Poesias moderninhas - 4,00 (despesas postais inclusas)
· Inconformados: reflexões sobre o ser, o pensar, o viver - Fernanda Magna, João Pedro Marinho, Marcelo Negreiros (selec.) - Coletânea - 10,00 (despesas postais inclusas)
· A vida é um circo! - Doutor Scudufum - Crônicas - 5,00 (despesas postais inclusas)
· Episódios interessantes de minha vida dessinteressante - Doutor Scudufum - Crônicas - 5,00 (despesas postais inclusas)
· Cordel Urbano - Doutor Scudufum - Contos - 5,00 (despesas postais inclusas)
· Contos Ingênuos - Doutor Scudufum - Contos - 5,00 (despesas postais inclusas)
· Contos Bacanas - Doutor Scudufum - Contos - 5,00 (despesas postais inclusas)
· Comidas: culinária pra macho! - Doutor Scudufum - Auto-ajuda cínica - 5,00 (despesas postais inclusas)
· E aí, comeu? - Doutor Scudufum - Auto-ajuda cínica - 6,00 (despesas postais inclusas)

Quem quiser entra no zeditora.blogspot.com

sábado, 12 de janeiro de 2008

ATENÇÃO EDITORES DE LIVROS ARTESANAIS

Poetas e poetisas,
escritores e escritoras não podemos deixar de ler o livro de GABRIEL ZAID, "Livros Demais! Sobre ler, escrever e publicar. Summus Editorial.

É muito bom. Para quem quer editar os seus próprios escritos ou para quem já os edita de forma artesanal, recomendo este livro. Visão crítica do Perverso Mercado Editorial.


Album de fotos Viagem para o Rio